Moradores de rua, o que Jundiaí faz a respeito?
Tenho acompanhado o esforço do governo de Estado
para acabar com as favelas. Na cidade de Jundiaí, onde moro, muito ouvi falar
do “Jundiaí sem favelas”. Entendo por favelas casas construídas sem luxo e técnica
e, na maioria das vezes, de madeira. A
favela tem luz, água e endereço fixo.
Já os moradores de rua são um tipo de nômade, a
cada dia tem um novo endereço que muitas das vezes dura até o raiar do Sol.
Sem endereço fixo, sem luz, sem água e sem
sanitários, são os excluídos que a sociedade muitas vezes fecha os olhos e
finge que não existe.
Lutar pelos
moradores de rua é algo praticado pelos que pregam a caridade.
Morador de rua é um cidadão esquecido e quase não
enxergamos, só tomamos conhecimento quando sentimos o cheiro forte e
presenciamos os ninhos sujos.
Realmente morador de rua não tem vez, não dá voto
e são excluídos.
Em Jundiaí existe morador de rua bem debaixo da
prefeitura, na ponte da Nove de Julho tem uma ou duas famílias.
Poucos sabem, o morador de rua tem trabalho e não são
pedintes, apenas uma pequena parcela pede dinheiro. Outra curiosidade é que
muitos moradores de rua são doentes e abandonados pela família.
O que um município pode fazer para socializar um
morador de rua ? Existe um programa para capacitação e produção de renda para
esses marginalizados? A secretaria de saúde tem um programa para identificar e tratar
os morador de rua que for doente ? Você cidadão conhece algum programa de
reabilitação para essas pessoas? Poucos sabem, morador de rua também é gente e
precisa muito da ajuda do governo, só que passam despercebidos por toda a
sociedade.
A pesquisa realizada pelo Ministério do
desenvolvimento aponta que 50% dos moradores de rua de um município são do próprio
município.
“Em 2007, o Ministério realizou a contagem dos moradores de rua de 71 Municípios, sendo 48 com mais de 300 mil habitantes e 23 capitais, exceto São Paulo, Belo Horizonte e Recife que já haviam realizado pesquisas semelhantes, em anos anteriores. O levantamento, feito por uma empresa contratada pelo MDS – por meio de licitação – em parceria com a UNESCO, apurou as condições de vida dessa população, como existência de registro civil, nível de escolaridade, origem, saúde, entre outras informações. A contagem e o perfil traçado dos moradores de rua, pela pesquisa, foram ações fundamentais para a elaboração da proposta da Política Nacional.
O levantamento indicou que há no Brasil 31.992 pessoas com 18 anos ou mais em situação de rua. Detectou, também, que a população de rua não é composta por “mendigos” e “pedintes”. Do total de entrevistados, 72% trabalham em coleta de materiais recicláveis, na construção civil, como flanelinhas ou auxiliares de limpeza.
Direitos – A Política Nacional da População em Situação de Rua define princípios, diretrizes e ações estratégicas para a defesa e garantia dos direitos desse segmento. A proposta da Política Nacional é fruto da reflexão de quase dois anos do Grupo de Trabalho Interministerial criado por meio do Decreto e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Além do MDS, participam do GTI os Ministérios da Saúde, da Educação, das Cidades, do Trabalho e Emprego, da Cultura, além da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, representantes do Movimento Nacional de Moradores de Rua, da Pastoral do Povo da Rua e do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS)“.
Espero que
o Município de Jundiaí desenvolva políticas publicas de reabilitação, inclusão
e desenvolvimento sustentável para os moradores de rua e modifique essa triste
realidade.
Boa tarde, Marco.
ResponderExcluirGostamos do seu texto e publicamos na nossa fan page com algumas respostas. Você pode ler neste link: https://www.facebook.com/abelhices/posts/355551454591306
Estamos à disposição.